2.1- A química dos MLC: os
mineralocorticoides em geral possuem 21 carbonos na sua estrutura química com
um oxigênio com dupla ligação em C18, e como já foi dito neste blog, possuem um
anel de 4 membros, característico de todos os corticoides.
2.2-Ações metabólicas dos mineralocorticoides: os
MLC tem como principal função a regulação do balanço eletrolítico. Falaremos em
particular da aldosterona e portanto do sistema
renina-angiotensina-aldosterona.
Quando por algum motivo o volume plasmático
e do fluído extracelular são alterados (por exemplo com a diminuição de
ingestão de sódio), as células justaglomerulares detectam tal alteração e
secretam renina na circulação periférica (no caso de diminuição do volume
plasmático). A renina converte angiotensinogênio em angiotensina I, que por sua
vez é clivada pela enzima de conversão da angiotensina ocorrendo em
angiotensina II. A
angiotensina II fixa-se a receptores membranares específicos a nível
supra-renal, produzindo segundos mensageiros como o Ca2+ e derivados do fosfatilinositol;
a ativação da cinase C altera a expressão enzimática, favorecendo a síntese de
aldosterona. Com isso, a aldosterona atua nos néfrons estimulando a retenção de
sódio e excreção de potássio.
2.3- Mecanismos de ação dos MLC: os
mineralocorticoides se ligam ao receptor de mineralocorticoide (MR) que é
intracelular. Tal ligação induz uma mudança conformacional e ativação do
receptor e dissociação do complexo proteico envolvendo o MR
na sua forma livre no citoplasma. Com essa ligação, o MR se dirige ao
núcleo onde se liga a sequências de DNA em regiões reguladoras dos genes
codificadores das sub-unidades das proteínas Na/K ATPase e ENac. Todo esse
processo ocorre no néfron, mais precisamente na parte ascendente da Alça de Henle
e nos túbulos renais, e representa um modelo de feedback negativo.
Referências:
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